O período de pagamento do 13º salário costuma levantar dúvidas entre muitos brasileiros sobre quem, de fato, tem direito a essa gratificação. Com a chegada do fim de ano e o recebimento do benefício por trabalhadores formais, uma questão recorrente surge: beneficiários do Bolsa Família também recebem o 13º salário?
Esta dúvida é comum, especialmente entre as famílias que dependem desse programa social para complementar a renda. Entender as regras por trás do 13º salário e as especificidades do Bolsa Família pode ajudar a planejar o orçamento e a evitar falsas expectativas.
Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), quem recebe o Bolsa Família não tem direito a uma parcela extra correspondente ao 13º salário.
Isso acontece porque o 13º é destinado a trabalhadores regidos pela CLT e beneficiários do INSS, não abrangendo programas de transferência de renda do governo como o Bolsa Família.
O que é o 13º salário e quem tem direito
O 13º salário é uma gratificação prevista em lei para trabalhadores com carteira assinada, sendo garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O pagamento do 13º salário ocorre geralmente em duas parcelas: a primeira deve ser paga até novembro e a segunda até dezembro.
Esse valor extra tem como finalidade auxiliar no período de festas e nas despesas que costumam ser maiores no fim do ano. O cálculo é proporcional ao tempo trabalhado e possui descontos legais, como INSS e Imposto de Renda.
Além dos trabalhadores formais, também fazem jus ao 13º salário: aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos (de acordo com as regras do órgão em que trabalham), trabalhadores em licença-maternidade ou auxílio-doença, além de dependentes que recebem auxílio-reclusão. No entanto, os beneficiários de programas sociais não se enquadram nessas regras, pois não têm vínculo empregatício regido pela CLT.

Por que o Bolsa Família não tem 13º salário
O Bolsa Família tem como objetivo complementar a renda de famílias em situação de vulnerabilidade social, proporcionando uma base para que consigam suprir as necessidades básicas. O benefício é composto por uma parcela fixa de até R$ 600 por família, podendo aumentar conforme a composição do núcleo familiar.
Apesar dessas bonificações, não existe previsão legal para um pagamento extra, como o 13º salário. Exceções aconteceram apenas em 2019, quando houve uma parcela adicional paga em âmbito estadual ou municipal, mas essa não é uma regra federal válida para 2025. Dessa forma, o pagamento mensal do Bolsa Família é a única remuneração contínua disponível, não havendo gratificação natalina.
Benefício e adicionais no Bolsa Família
A legislação que rege o programa prevê apenas os extras já citados, que variam de acordo com a composição de cada família. Esses valores podem ser fundamentais para o equilíbrio financeiro das famílias beneficiadas, mas não contemplam bonificações ocasionais ou períodos festivos como o Natal. O objetivo do programa é garantir uma renda mínima mensal, promovendo segurança alimentar e acesso a direitos básicos, sem acréscimos esporádicos como ocorre no regime CLT.
Resumo dos adicionais atuais:
- Adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos
- Adicional de R$ 50 por gestante, nutriz e jovens entre 7 e 18 anos incompletos
- R$ 142 por pessoa. Cada integrante da família passou a ter direito ao Benefício de Renda de Cidadania, assegurando uma renda mínima individual.
Para mais informações e notícias, acesse o portal O Bolsa Família Brasil.
Dúvidas frequentes
- O valor do benefício é fixo? O valor base é de até R$ 600 por família, com possíveis adicionais conforme a composição familiar.
- Existe previsão para um abono natalino nacional? Não, até 2025 não há previsão ou projeto aprovado para abono nacional extra para o Bolsa Família.
- Os benefícios do programa mudam todo ano? Mudanças podem ocorrer por decisão do governo, mas os pagamentos seguem as regras publicadas e não incluem 13º salário atualmente.















