O aumento da renda familiar é motivo de celebração, mas também pode gerar dúvidas sobre a continuidade do benefício do Bolsa Família. Com as novas regras que entraram em vigor em junho desse ano (2025), quem está no programa precisa estar atento às mudanças para não ser pego de surpresa.
O governo federal instituiu ajustes que garantem um período de transição e apoio para famílias que começaram a ganhar mais, mas ainda não conseguiram estabilidade completa.
Entenda como funciona esse processo de transição, o que muda nos prazos e valores e como garantir a sua segurança financeira sem perder o suporte do programa, mesmo após o aumento da renda.
Nova Regra de Proteção: o que mudou a partir de 2025
Em junho de 2025, a Regra de Proteção do Bolsa Família passou a entrar em vigor, trazendo ajustes para quem teve aumento de renda. Antes, famílias com renda superior ao limite se mantinham no programa por até dois anos.
O novo limite de renda para a transição passou a ser de R$ 706 por pessoa na família, alinhado à linha de pobreza internacional. Assim, quem ultrapassa o limite inicial de R$ 218 por pessoa, mas não chega a R$ 706, poderá continuar recebendo metade do valor do auxílio por até um ano.
Já para situações onde a renda é estável (como em casos de aposentadorias ou pensão), o prazo de permanência cai para dois meses.
Quem fica na Regra de Proteção
A Regra de Proteção foi pensada especialmente para famílias em transição. Assim, ela se aplica a quem teve aumento na renda, seja por emprego formal, empreendedorismo ou outras fontes, mas ainda não alcançou estabilidade financeira.
O objetivo principal é evitar o cancelamento imediato do benefício Bolsa Família quando há uma melhora de renda, reconhecendo que a adaptação à nova situação exige um tempo.
Confira as três categorias de Regra de Proteção atualmente:
- Categoria 1: Famílias que entraram até junho de 2025 – permanecem até 24 meses.
- Categoria 2: Famílias com renda estável (aposentadoria, pensão) – até 2 meses.
- Categoria 3: Famílias com renda variável após julho/2025 – até 12 meses.
Todas continuam recebendo 50% do valor originalmente concedido do Bolsa Família, enquanto permanecerem dentro dos critérios estipulados pela regra de transição. Para mais, assista ao vídeo:
Como acompanhar sua situação no Bolsa Família
O acompanhamento é essencial durante o período de transição. As famílias são notificadas por diferentes canais, como aplicativos oficiais (Bolsa Família, CAIXA Tem), mensagens nos extratos de pagamento.
Sempre que há entrada ou saída da Regra de Proteção, o Ministério do Desenvolvimento Social envia comunicados detalhados sobre a situação do benefício diretamente para os responsáveis familiares.
É fundamental manter o Cadastro Único atualizado, pois a análise dos dados é baseada nas informações fornecidas neste banco. Alterações na composição da família, na renda ou no endereço devem ser rapidamente informadas, para garantir um atendimento eficaz e evitar interrupções indevidas do auxílio.
O que acontece ao final do prazo de transição
Ao final do prazo estabelecido pela Regra de Proteção, o pagamento do benefício é interrompido, caso a renda continue acima do limite de R$ 706.
No entanto, existe um mecanismo exclusivo que garante prioridade para a volta ao Bolsa Família: se, durante os 36 meses seguintes ao cancelamento a família retornar à situação de pobreza (renda igual ou inferior a R$ 218 por pessoa), pode solicitar a reativação do auxílio com prioridade.
Essa solicitação é feita nas Centrais do Cadastro Único ou pelos canais oficiais da prefeitura. A regra tem o objetivo de não deixar ninguém desprotegido diante de eventuais dificuldades econômicas após o período de estabilização, reforçando o compromisso do programa com a proteção social.
O que fazer para não perder o benefício
Manter os dados atualizados, cumprir as obrigações do programa e acompanhar os comunicados oficiais são essenciais para a continuidade do auxílio, mesmo diante do aumento da renda.
Vale lembrar que, ao final da Regra de Proteção, é possível retornar ao Bolsa Família com prioridade, caso haja redução dos rendimentos. Portanto, é sempre importante estar atento às datas, condições e procedimentos necessários para reativação quando preciso.
Dúvidas frequentes
Pessoas com deficiência que recebem BPC podem permanecer por mais tempo?
Sim, nesses casos específicos, a permanência na Regra de Proteção pode durar até 12 meses, considerando revisões periódicas do benefício.
O valor pago pode voltar a 100% durante a transição?
Sim, se a renda ficar igual ou menor a R$ 218 por pessoa no período, o valor integral é restabelecido.
Qual canal utilizar para consultar informações?
O portal do Bolsa Família, aplicativos oficiais, CRAS e o Disque Social 121 são os principais meios para informações oficiais.
Posso perder o benefício se não atualizar o cadastro?
Sim, a falta de atualização cadastral pode levar ao bloqueio ou cancelamento do benefício.
Quais documentos são necessários para atualizar o Cadastro Único?
É necessário apresentar documentos de identificação com foto do responsável familiar, CPF, comprovante de residência (ou declaração de residência assinada) e documentos de identificação dos demais membros da família.















