O Bolsa Família passou por atualizações em 2025, com mudanças nos critérios de acompanhamento e repasses. O Ministério do Desenvolvimento Social reforçou a fiscalização sobre o cumprimento das contrapartidas, especialmente para famílias com crianças. A atualização afeta tanto o valor recebido quanto a permanência dos beneficiários no programa.
Alterações na fiscalização do programa
A presença escolar e o acompanhamento nutricional agora estão sob vigilância mais intensa. O governo exige frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 5 anos e 75% para quem tem de 6 a 18 anos. A falta recorrente ou a não apresentação dos comprovantes pode resultar em suspensão ou cancelamento do benefício.
A pesagem e o acompanhamento nutricional passaram a ser exigidos para todos os menores de 7 anos. A ausência em ações de saúde realizadas pelas unidades básicas pode indicar descumprimento das regras e gerar bloqueio temporário do repasse.
O governo ampliou a articulação com secretarias de educação e saúde municipais para cruzar dados em tempo real. As escolas e os postos de saúde já informam ausências diretamente no sistema, o que acelera a detecção de irregularidades.
Impacto para quem recebe o Bolsa Família
As famílias com crianças que não cumprem as contrapartidas deixam de ter acesso aos benefícios adicionais. O Benefício Variável Familiar, o Benefício Primeira Infância e outros valores vinculados à presença de menores são os primeiros a serem suspensos. A manutenção do valor base de R$ 600 também pode ser interrompida, caso o descumprimento das regras seja reiterado.
A atualização do Cadastro Único permanece obrigatória a cada dois anos, ou sempre que houver mudança na composição familiar ou renda. A não realização dessa atualização também leva ao bloqueio do pagamento.
Famílias unipessoais continuam com restrições e só recebem o valor base, sem adicionais. O controle mais rígido busca evitar fraudes, como o fracionamento de famílias para recebimento múltiplo.
Novos recursos para monitoramento
A integração de sistemas e o uso de inteligência de dados permitem o rastreio de inconsistências no cadastro e no uso do benefício. Informações fornecidas pelo CadÚnico são cruzadas com dados de matrícula escolar, vacinas aplicadas e registros de visita ao posto de saúde.
O aplicativo do Bolsa Família passou a exibir alertas para beneficiários com pendências. A plataforma também permite envio de documentos para regularização, o que evita a necessidade de deslocamento até o CRAS em muitos casos.
Para os que não possuem acesso digital, o atendimento presencial segue disponível. O Ministério da Cidadania orienta as prefeituras a reforçarem campanhas de informação sobre as regras atualizadas, especialmente em regiões com menor conectividade.
Benefícios vinculados à presença de crianças
Os repasses adicionais do programa dependem diretamente da presença de crianças e do cumprimento das regras:
- R$ 150 por criança até 6 anos: exige presença escolar e acompanhamento nutricional;
- R$ 50 por criança de 7 a 18 anos: exige frequência escolar;
- R$ 50 para gestantes: vinculado ao acompanhamento pré-natal nas unidades de saúde;
- R$ 50 para lactantes: concedido a mães com filhos de até seis meses.
Se algum desses critérios deixar de ser atendido, o valor adicional é suspenso, mesmo que o pagamento base continue ativo por um tempo limitado.
Regularização de pendências e retorno ao benefício
Famílias que tiveram o pagamento bloqueado ou suspenso podem solicitar a regularização no CRAS ou pelo aplicativo. A apresentação dos comprovantes de escola ou saúde resolve a maioria dos casos em até 30 dias.
Para evitar interrupções, a recomendação é manter a matrícula ativa, frequentar as unidades de saúde para pesagens e vacinas e atualizar o CadÚnico sempre que houver mudança na composição familiar, endereço ou renda.
O governo também prevê visitas domiciliares para verificação de informações, especialmente em locais com alto índice de inconsistências cadastrais. Essas ações fazem parte do esforço para melhorar o direcionamento do programa e reduzir fraudes.
1. Quais são as novas exigências de frequência escolar para manter o Bolsa Família?
Crianças de 4 a 5 anos precisam ter no mínimo 60% de presença nas aulas. Já as que têm entre 6 e 18 anos devem manter frequência de pelo menos 75%. O não cumprimento pode suspender os valores adicionais ou até o benefício completo.
2. O que acontece se a criança não for levada ao posto de saúde para pesagem?
O acompanhamento nutricional é obrigatório para menores de 7 anos. A falta na pesagem ou nas ações de saúde pode levar ao bloqueio temporário do benefício.
3. Quais valores do Bolsa Família estão ligados à presença de crianças na família?
- R$ 150 por criança até 6 anos;
- R$ 50 por criança de 7 a 18 anos;
- R$ 50 para gestantes;
- R$ 50 para lactantes (mães com bebês de até 6 meses). Esses valores só são pagos se as regras forem cumpridas.
4. Como saber se há alguma pendência que pode bloquear o pagamento?
O aplicativo do Bolsa Família mostra alertas e pendências no cadastro. Também é possível buscar ajuda no CRAS da sua cidade, onde dá para apresentar documentos e regularizar a situação.
5. O que fazer se o benefício for suspenso ou bloqueado?
Procure o CRAS com os comprovantes de escola ou saúde em até 30 dias ou envie os documentos pelo app do Bolsa Família. Se tudo estiver certo, o pagamento pode ser retomado normalmente.