O Cadastro Único pode ser uma ferramenta importante para o preenchimento de vagas de emprego por pessoas de baixa renda.
Isto é, considerando os dados recentes que demonstram que, durante o último mês de maio, o país conseguiu abrir novas 131.811 vagas de emprego. Somando os cinco primeiros meses de 2024, o número de oportunidades de trabalho ficou positivo, chegando a marca de 1.088 milhão.
Veja também: Tarifa Social de água e esgoto começa em dezembro de 2024
As informações são do Ministério do Trabalho e Emprego, que saíram no decorrer da última quinta-feira, 27 de junho. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e mostram um impacto positivo no setor social.
Ministro falou sobre novos dados
O líder do Ministério do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, se manifestou sobre os novos dados.
“Este saldo positivo do emprego, divulgado pelo Caged, tem grande importância para a economia. É mais renda, é mais consumo, mas também (é positivo) para o social. Neste ano, o Governo Federal comemora que a política econômica, integrada com a política social, garante que já tenhamos um acumulado de 1,088 milhão de novos empregos no Brasil. Isso é fundamental para que o país prossiga crescendo”, destacou.
Além disso, ele também discorreu sobre os impactos positivos da ação, principalmente para os cidadãos mais vulneráveis socioeconomicamente.
“Deve haver um ganho na economia, com o crescimento do PIB, e destaco a importância para o público do Cadastro Único e do Bolsa Família. Queremos apoiar o emprego e o empreendedorismo para que a gente possa não só tirar pessoas da fome, mas também garantir que, através do trabalho ou de um negócio, possam ter uma vida ainda melhor”, pontuou o ministro.
Entre o período de janeiro a maio de 2024, os índices de emprego no país foram positivos em todos os 5 grandes grupos de atividades econômicas.
O maior crescimento foi no Setor de Serviços, que contou com um saldo de 623.920 postos criados, representando cerca de 57,3% dos empregos gerados no ano. O destaque ficou para as atividades com relação aos setores de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
O que é o Cadastro Único?
O Cadastro Único para Programas Sociais funciona como uma plataforma do Governo Federal que possui a função de identificar e caracterizar todas as famílias de baixa renda que residem em território brasileiro.
Desta forma, a ferramenta possibilita que o governo tenha conhecimento da verdadeira realidade desta parcela da população. Isso é possível através de dados como endereço, características do domicílio, membros da unidade familiar, situação de trabalho, escolaridade, entre outros campos.
Ademais, o Cadastro Único é o principal meio para a seleção e inclusão de cidadãos brasileiros de se encontram em situação de vulnerabilidade econômica e social em programas sociais federais.
Assim, este permite a concessão de diversos benefícios como:
- Bolsa Família;
- Pé de Meio;
- Tarifa Social de Energia Elétrica;
- Auxílio Gás;
- Minha Casa, Minha Vida;
- Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Carteira da Pessoa Idosa.
Veja também: Bolsa Família pode ser BLOQUEADO se condicionalidades não foram cumpridas
No entanto, é importante lembrar que a plataforma também funciona como critério de seleção para outros programas sociais de governos estaduais e municipais.
Quem pode se inscrever?
Poderão realizar participar do Cadastro Único todas as famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômicas. Nesse sentido, é necessário respeitar o limite de até meio salário mínimo, ou seja, R$ 706, de renda por pessoa.
O processo de cadastro é totalmente gratuita e presencial, em um dos postos de atendimento de Assistência Social.
Para efetuar a inscrição, o responsável pela unidade familiar deverá se dirigir a um dos locais de atendimento, levando o documento de todas as pessoas da família que residem no mesmo lar. É importante levar o CPF de todos os membros e um comprovante de residência, preferencialmente uma conta de luz.
Contudo, é importante pontuar que não basta somente realizar o cadastro na plataforma, é preciso que o cidadão mantenha os seus dados sempre atualizados.
Caso sua família mude de endereço, as crianças troquem de escola, novas pessoas venham morar na casa, por exemplo, será necessário que o responsável pela unidade familiar informe estas alterações.
Então, as famílias que já se encontram no Cadastro Único, poderão consultar todos os seus dados por meio do site oficial da ferramenta ou pelo aplicativo.
No site ou aplicativo, a família pode obter um comprovante de cadastramento, selecionando a opção “Consulta Simples”. Nesse caso, basta fornecer alguns dados de identificação da pessoa cadastrada.
Ademais, a unidade familiar também poderá ter acesso ao cadastro completo e até consultar outros programas sociais que recebe, como o Bolsa Família e o BPC. Para checar estas informações, é preciso clicar em “Consulta Completa”, fazer o login na plataforma “gov.br” e depois navegar pelos botões do sistema.
Cadastro Único influencia na diminuição de desigualdade
Recentemente, ocorreu o terceiro encontro do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) da Presidência da República. Na ocasião, o ministro Wellington Dias apresentou os principais avanços do país em relação ao combate à fome e à pobreza, dando ênfase a diminuição da desigualdade e a elevação da renda dos trabalhadores.
Dentre estes avanços, o Cadastro Único teve papel importante.
“Tivemos a maior redução do índice de desigualdade da história do país em 2023, o mais baixo índice de extrema pobreza e de desigualdade da pobreza do país. Das 21 milhões de famílias do Programa Bolsa Família, 19,7 milhões deixam a extrema pobreza graças à combinação da transferência de renda com a renda do trabalho”, destacou Dias.
No decorrer do evento, o líder do Ministério do Desenvolvimento Social também deu destaque ao crescimento econômico e o aumento de renda em todas as faixas salariais. Isto é, incluindo 5% dos mais pobres, com 3,4 milhões de famílias que acabaram deixando o programa Bolsa Família em razão do crescimento de suas rendas.
De acordo com Wellington Dias, o objetivo do governo vai além do combate à insegurança alimentar.
“Queremos tirar da fome, sim, mas também da extrema pobreza e da pobreza, construindo um país com uma grande classe média”, relatou o ministro.
Veja também: Cadastro Único fará parceria para promover emprego
Para participar do Bolsa Família, é necessário se inscrever no Cadastro Único.