Na última segunda-feira, 17 de junho, o calendário de pagamentos do Bolsa Família se iniciou. Assim, os beneficiários com NIS (Número de Identificação Social) de final 1 já receberam seus valores. Isto é, visto que o calendário ocorre de acordo com o NIS de cada beneficiários, nos dez últimos dias úteis do mês.
Além disso, no primeiro dia de pagamento também recebem todos os beneficiários que estão em regiões em situação de calamidade pública. É o caso de muitos municípios no estado do Rio Grande do Sul, por exemplo.
A medida tem o objetivo de adiantar os depósitos para aqueles que precisam de um apoio mais emergencial.
Veja também: Está com Atraso de 45 Dias no Bolsa Família? Saiba o Que Fazer?
Desse modo, nesta terça-feira, dia 18, recebem aqueles com NIS de final 2. Então, o calendário de pagamentos segue até o dia 28.
Calendário de pagamentos de junho
No mês de junho de 2024, o calendário de pagamentos do Bolsa Família ficou da seguinte forma:
- Segunda-feira, 17 de junho: recebem aqueles com NIS de final 1;
- Terça-feira, 18 de junho: recebem aqueles com NIS de final 2;
- Quarta-feira, 19 de junho: recebem aqueles com NIS de final 3;
- Quinta-feira, 20 de junho: recebem aqueles com NIS de final 4;
- Sexta-feira, 21 de junho: recebem aqueles com NIS de final 5;
- Segunda-feira, 24 de junho: recebem aqueles com NIS de final 6;
- Terça-feira, 25 de junho: recebem aqueles com NIS de final 7;
- Quarta-feira, 26 de junho: recebem aqueles com NIS de final 8;
- Quinta-feira, 27 de junho: recebem aqueles com NIS de final 9;
- Sexta-feira, 28 de junho: recebem aqueles com NIS de final 0.
A partir destas datas os beneficiários já podem movimentar seus valores de diferentes formas. É possível transferir por PIX, pagar contas, realizar saque em caixa de atendimento e realizar compras online, por exemplo. Para conferir estas opções, o beneficiário pode conferir o aplicativo Caixa Tem.
Em junho, o valor médio do benefício ficou em R$ 683,75. Isto é, considerando o valor mínimo de R$ 600 e as cotas adicionais em alguns casos.
Qual são os valores do Bolsa Família?
No mês de junho, o investimento do Bolsa Família ficou em R$ 14,23 bilhões, considerando o valor médio de R$ 683,75 que chegou a 20,84 milhões de famílias. Deste total, 198,31 mil entraram este mês a partir de novas inscrições de iniciativa do próprio cidadão ou pela busca ativa.
É importante considerar que, para além do valor mínimo de R$ 600, o Bolsa Família conta com cotas extras. Estas são:
- Benefício Primeira Infância de R$ 150 a cada criança com idade entre 0 e 7 anos incompletos;
- Benefício Variável Familiar de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos incompletos;
- Benefício Variável Familiar Nutriz de R$ 50 por membro da família com até 7 meses incompletos.
Por esse motivo, o mês de junho apresentou um recorde de investimentos para a primeira infância, bem como para crianças e adolescentes. Ao todo, foram R$ 2,11 bilhões para as cotas extras que atingem este grupo.
Os beneficiários que fazem parte destas cotas são:
- 9,38 milhões de crianças de até 6 anos;
- 1,03 milhão de gestantes;
- 373,45 mil nutrizes; e
- 15,58 milhões de crianças e adolescentes de 7 a 18 anos incompletos.
Além disso, o Bolsa Família também conta com a regra de proteção. Isto é, que garante o pagamento do benefício, no valor de 50%, para aquelas famílias que aumentaram de renda. São 2,58 milhões em junho, com benefício médio de R$ 370,54.
Que regiões recebem mais neste mês?
O Bolsa Família é um programa social que chega a mais de 20 milhões de famílias em todo o país, com a seguinte divisão de regiões:
- 9,4 milhões de famílias na região Nordeste, com um repasse de R$ 6,41 bilhões e benefício médio de R$ 682,02;
- 6,17 milhões de famílias no Sudestes, com R$ 4,13 bilhões de repasse e benefício médio de R$ 671,81;
- 2,58 milhões de famílias no Norte, com repasse de R$ 1,86 bilhão e R$ 722,22 de benefício médio;
- 1,5 milhão de famílias no Sul, repasse total de R$ 1,01 bilhão e benefício médio de R$ 674,57;
- 1,16 milhão de famílias no Centro-Oeste, repasse de R$ 802,41 milhões e benefício médio de R$ 687,21.
Veja também: Brasileiros podem receber Antena Gratuita do Governo; veja os detalhes!
Assim, é possível perceber que há uma variação nas regiões de famílias com crianças, adolescentes e gestantes. Isto é, considerando que a região Norte é a com um benefício médio mais alta, em razão das cotas extras para estes grupos.
Mulheres e pessoas negras são maioria
Além de considerar a região, também é possível entender outros dados dos beneficiários do Bolsa Família. Nesse sentido, verifica-se que:
- São 58,1% de mulheres, ou seja, 32.022.141 em números reais;
- As mulheres também são maioria como responsáveis familiares, sendo 83,7%, ou seja, 17.446.282;
- 73% dos beneficiários são de cor preta ou parda, ou seja, 40.132.986 em números reais;
- 223.340 famílias estão em situação de rua.
- 928.798 famílias são prioritárias, considerando maior vulnerabilidade.
As pessoas em maior grau de vulnerabilidade são:
- 225.582 famílias com pessoas indígenas;
- 253.787 famílias com pessoas quilombolas;
- 379.783 famílias com pessoas catadoras de material reciclável;
- 66.226 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão; e
- 11.136 famílias com crianças em situação de trabalho infantil.
Desse modo, analisando estes dados, o Governo Federal poderá entender melhor a situação das famílias que recebem o Bolsa Família.
Quem recebe o Bolsa Família?
Para participar do programa social é necessário:
- Ser uma família de renda baixa, ou seja, recebendo até R$ 218 por pessoa;
- Ter inscrição no Cadastro Único.
Assim, com o cadastro, a família passará por uma análise do Governo Federal. Caso estes cidadãos estejam dentro das regras e no caso de espaço orçamentário, a família entrará no programa.
Depois de ser incluído, ainda é necessário se atentar a algumas regras como:
- Manter as informações do Cadastro Único sempre atualizadas;
- Regularizar o CPF junto à Receita Federal;
- Cumprir com as condicionalidades, ou seja, como frequência escolar e acompanhamento de saúde, por exemplo.
Caso a família não cumpra estas regras, poderá sofrer a suspensão e, até mesmo, o bloqueio do benefício. Assim, abre-se o espaço para a entrada de novas famílias. Inclusive, o governo vem fiscalizando todos os beneficiários e retirando aqueles que descumprem as medidas.
Veja também: Aprenda como manter seu Bolsa Família ativo e fora da lista de bloqueios!
Para se inscrever no Cadastro Único, basta procurar o CRAS de sua cidade ou outro ponto de atendimento de Assistência Social. É necessário levar os documentos de toda a família e responder algumas perguntas para se cadastrar.