Pessoas com mais de 60 anos podem receber o Bolsa Família? Essa dúvida é comum entre idosos e suas famílias, especialmente com as mudanças recentes no programa. O Bolsa Família, principal iniciativa de transferência de renda do Brasil, beneficia milhões de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, incluindo idosos.
Este texto explica quem tem direito, como funciona o cadastro, os valores do benefício em 2025 e as regras específicas, como a Regra de Proteção.
O que é o Bolsa Família?
O Bolsa Família é um programa social do Governo Federal que oferece apoio financeiro a famílias em situação de vulnerabilidade. Criado para combater a pobreza, ele prioriza grupos como idosos, crianças e gestantes.
Em setembro de 2025, o programa atende mais de 19 milhões de famílias, com um orçamento estimado em quase R$ 13 bilhões por mês, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
O programa exige que as famílias atendam a critérios de renda e mantenham compromissos como frequência escolar e acompanhamento de saúde. Para idosos, o Bolsa Família pode complementar outras fontes de renda, como aposentadorias, desde que a renda familiar per capita esteja dentro dos limites estabelecidos.
Quem tem mais de 60 anos tem direito ao Bolsa Família?
Sim, desde que a renda familiar por pessoa não seja superior a R$ 218. Não há restrição de idade, mas o cadastro no programa deve ser feito por um responsável familiar, que pode ser o próprio idoso ou outro membro da família.
Regra de Proteção para idosos
A Regra de Proteção, ajustada pela Portaria nº 1.084 de 14 de maio de 2025, beneficia idosos com renda estável, como aposentadorias ou Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Se a renda per capita ultrapassar R$ 218, mas não exceder R$ 706, a família pode permanecer no programa por até 2 meses, recebendo 50% do benefício. Isso garante uma transição suave para idosos com fontes de renda fixas.
Prioridade para idosos
A Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) assegura atendimento prioritário a pessoas com mais de 60 anos em programas sociais. Essa prioridade facilita o acesso de idosos ao Bolsa Família, especialmente em processos de cadastro e atualização no Cadastro Único.
Documentos necessários para solicitação em 2025
Para incluir um idoso no Bolsa Família, é necessário realizar o cadastro no Cadastro Único. Os documentos exigidos são:
- CPF ou Título de Eleitor do responsável familiar.
- Carteira de Identidade ou outro documento com foto do idoso.
- Comprovante de residência atualizado.
- Comprovante de renda, como holerite ou extrato de aposentadoria, se houver.
- Certidão de nascimento ou casamento para comprovar composição familiar.
Esses documentos devem ser apresentados no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo. A ausência de algum documento não impede o cadastro, mas pode atrasar a análise.
Como fazer o cadastro para idosos
O cadastro no Bolsa Família para idosos segue um processo simples, mas exige atenção aos detalhes. Abaixo, os passos principais:
- Reúna os documentos: Certifique-se de ter todos os documentos listados.
- Procure o CRAS: Visite o Centro de Referência de Assistência Social da sua cidade. Agendamento pode ser necessário em algumas localidades.
- Atualize o Cadastro Único: O responsável familiar deve informar todos os dados da família, incluindo a renda do idoso.
- Acompanhe a análise: Após o cadastro, o MDS avalia a elegibilidade. O resultado é comunicado via aplicativos como Bolsa Família ou Caixa Tem.
- Mantenha os dados atualizados: Atualizações no Cadastro Único devem ser feitas a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na renda, ou composição familiar.
A gestão municipal do programa oferece suporte para esclarecer dúvidas. O contato pode ser feito pelo Disque Social 121 ou no chat do MDS.
Qual o valor do benefício para maiores de 60 anos?
O valor do Bolsa Família em 2025 varia conforme a composição familiar e as condições específicas. O benefício básico é de R$ 600 por família, mas idosos podem receber adicionais:
- Benefício de Renda de Cidadania: R$ 142 por pessoa da família, incluindo o idoso.
- Benefício Primeira Infância: R$ 150 para famílias com crianças até 6 anos, se aplicável.
- Benefício Variável Familiar: R$ 50 para gestantes, crianças ou adolescentes, se houver na família.
Para idosos em Regra de Proteção, o valor é reduzido a 50% durante o período de transição (2 meses para rendas estáveis). Por exemplo, uma família que recebe R$ 600 terá o benefício reduzido a R$ 300.
Dúvidas frequentes sobre o Bolsa Família para idosos
- Idosos com aposentadoria podem receber o Bolsa Família? Sim, desde que a renda familiar per capita não ultrapasse R$ 218. Aposentadorias são consideradas na soma da renda.
- O que acontece se a renda do idoso aumentar? Se a renda per capita ultrapassar R$ 218, mas for inferior a R$ 706, o idoso entra na Regra de Proteção, recebendo 50% do benefício por até 2 meses (renda estável) ou 12 meses (renda instável).
- É necessário atualizar o cadastro todo ano? Não, a atualização deve ser feita a cada dois anos ou quando houver mudanças na renda ou composição familiar.
- Idosos que recebem BPC podem participar do Bolsa Família? Sim, desde que a renda total da família, incluindo o BPC, esteja dentro do limite de R$ 218 por pessoa.
- Como saber se o idoso foi aprovado no programa? A aprovação pode ser verificada no aplicativo Bolsa Família, Caixa Tem ou pelo Disque Social 121.
Para mais informações, acesse o site O Bolsa Família Brasil.