Um novo projeto de lei no Rio Grande do Sul promete transformar a vida de milhares de famílias que enfrentam dificuldades financeiras enquanto cuidam de parentes em alta dependência. O PL 82/2025, conhecido como “Programa Cuidar de Quem Cuida“, propõe um auxílio mensal de R$ 900 para cuidadores familiares.
Mas quem pode receber esse benefício? Como ele funciona na prática? Apresentado pelo deputado estadual Delegado Zucco (Republicanos), o programa reconhece o esforço de quem dedica tempo integral a idosos acamados, pessoas com deficiência grave ou doenças incapacitantes, oferecendo suporte financeiro e dignidade.
Este texto detalha os critérios, o funcionamento e os impactos dessa iniciativa, trazendo informações claras para entender como o benefício pode chegar até você.
O que é o Programa Cuidar de Quem Cuida
O Programa Cuidar de Quem Cuida é uma iniciativa legislativa que visa apoiar financeiramente pessoas que abrem mão de suas atividades profissionais para cuidar de familiares em situação de alta dependência.
A proposta, ainda em análise na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, busca aliviar o peso financeiro dessas famílias e promover maior dignidade aos cuidadores.
Objetivos do programa
A iniciativa tem como foco principal oferecer suporte financeiro e emocional. O auxílio de R$ 900 mensais ajuda a cobrir despesas básicas, enquanto o acompanhamento por equipes técnicas garante suporte especializado.
Dados de 2025 do IBGE mostram que cerca de 12% da população gaúcha vive em condições de vulnerabilidade socioeconômica, o que reforça a relevância de políticas como essa.
Quem pode receber o auxílio de R$ 900
Nem todos os cuidadores familiares são elegíveis para o benefício. O projeto estabelece critérios específicos para garantir que o auxílio chegue às pessoas em maior necessidade.
Critérios para solicitação do benefício
Para ter direito ao auxílio de R$ 900, o cuidador precisa atender aos seguintes requisitos:
- Renda familiar per capita: Até um salário mínimo
- Idade mínima: 18 anos.
- Residência: Morar no Rio Grande do Sul há pelo menos dois anos.
- Cadastro Único (CadÚnico): Estar inscrito no sistema federal.
- Dedicação integral: Comprovar que dedica tempo integral ao cuidado de um familiar em alta dependência, como idosos acamados ou pessoas com deficiência grave.
Além disso, o programa exige comprovação médica da condição do familiar. Esse rigor nos critérios garante que o benefício seja direcionado a quem realmente precisa.
Como funciona o Programa Cuidar de Quem Cuida
O funcionamento do programa combina suporte financeiro com assistência técnica. Após a aprovação do projeto, os beneficiários receberão R$ 900 mensais, depositados diretamente em suas contas.
Além do valor, equipes multidisciplinares, incluindo assistentes sociais e profissionais de saúde, acompanharão as famílias para oferecer orientação e suporte.
Fontes de financiamento
Os recursos para o programa virão de:
- Orçamento estadual.
- Convênios com o governo federal.
- Parcerias com o setor privado.
- Fundo de Proteção e Amparo Social do Rio Grande do Sul (AMPARA/RS).
Essa diversificação de fontes aumenta a viabilidade do programa, reduzindo a dependência de uma única origem de verba.
Como solicitar o auxílio de R$ 900
Embora o PL 82/2025 ainda esteja em tramitação, é possível se preparar para o processo de solicitação. Os passos prováveis incluem:
- Verificar elegibilidade: Confirmar se você atende aos critérios de renda, residência e dedicação integral.
- Atualizar o CadÚnico: Manter o cadastro atualizado nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
- Reunir documentos: Preparar comprovantes de residência, renda e laudos médicos do familiar.
- Aguardar regulamentação: Após a aprovação do projeto, o governo estadual divulgará os canais oficiais para inscrição.
Fique atento aos sites oficiais do governo do Rio Grande do Sul e da Assembleia Legislativa para atualizações.
Experiências em outros estados
Programas semelhantes já existem em outros estados brasileiros, como Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessas regiões, auxílios para cuidadores familiares fortaleceram a rede de proteção social, reduzindo a sobrecarga financeira e emocional.
No Mato Grosso do Sul, por exemplo, 85% dos beneficiários relataram maior qualidade de vida após a implementação do programa, conforme estudo de 2024.
Adaptação ao contexto gaúcho
No Rio Grande do Sul, o programa foi desenhado considerando as particularidades locais, como a alta proporção de idosos (18% da população, segundo o IBGE) e a necessidade de políticas voltadas para a inclusão social.
Tramitação e próximos passos
O PL 82/2025 está em análise nas comissões da Assembleia Legislativa. Após receber parecer favorável, será votado em plenário e, se aprovado, seguirá para sanção do governador. O processo pode levar meses, mas a expectativa é que o programa entre em vigor ainda em 2025.
Acompanhamento do projeto
Para acompanhar a tramitação, acesse o site da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (al.rs.gov.br) e busque pelo PL 82/2025. Atualizações também podem ser publicadas em portais como o do governo estadual (estado.rs.gov.br).
Dúvidas frequentes sobre o benefício
- Quem pode ser considerado um familiar em alta dependência? Pessoas com condições médicas que exigem cuidados contínuos, como idosos acamados, indivíduos com deficiência grave ou doenças incapacitantes, comprovadas por laudo médico.
- O auxílio de R$ 900 é permanente? O benefício será pago enquanto o cuidador atender aos critérios e o familiar necessitar de cuidados integrais, sujeito a revisões periódicas.
- Preciso abandonar meu emprego para receber o auxílio? Sim, o programa exige dedicação integral ao cuidado, o que pode ser incompatível com atividades remuneradas.
- Como comprovar a dedicação integral? Será necessário apresentar documentos, como laudos médicos e declarações, que atestem a necessidade de cuidado contínuo.
- Quando o programa começa a pagar o auxílio? A implementação depende da aprovação do PL 82/2025, com previsão para 2025, após sanção do governo.
Para mais informações, acesse o site O Bolsa Família Brasil.