O pagamento de contribuições atrasadas ao INSS tem implicações diretas na sua aposentadoria, mas nem sempre da forma que muitos esperam. Em 2025, o entendimento sobre a diferença entre tempo de contribuição e carência previdenciária é fundamental para tomar decisões acertadas.
Contribuições atrasadas ao INSS podem contar para o tempo de contribuição, mas não necessariamente para a carência, o que pode impedir a aposentadoria mesmo após o pagamento.
Em 2025, com as regras da Reforma da Previdência, é crucial entender a diferença entre esses requisitos para avaliar se vale a pena regularizar períodos atrasados, já que isso impacta diretamente a concessão de benefícios.
Diferença entre tempo de contribuição e carência
Em 2025, é essencial distinguir tempo de contribuição (período total de contribuições ao INSS) e carência (número mínimo de contribuições mensais para benefícios).
Contribuições atrasadas só contam para a carência se o segurado mantiver a qualidade de segurado e tiver pelo menos uma contribuição em dia antes do atraso. Caso contrário, elas contam apenas para o tempo de contribuição, não para a carência exigida para benefícios.
Entendimento judicial em 2025
A Justiça brasileira consolidou em 2025 importantes entendimentos sobre contribuições em atraso e seu impacto na carência:
- Contribuições pagas em atraso só contam para carência se houver pelo menos uma contribuição anterior paga em dia
- Pagamentos feitos após a perda da qualidade de segurado não valem para carência, apenas para tempo de contribuição
- O Tema 192 da Turma Nacional de Uniformização (TNU) restringiu o aproveitamento de contribuições atrasadas para carência
- Períodos com valores abaixo do mínimo (salário mínimo) não contam para carência nem tempo desde 14/11/2019
Impacto nas modalidades de aposentadoria
O efeito do pagamento de contribuições em atraso varia conforme a modalidade de aposentadoria pretendida. Para a aposentadoria por idade, que em 2025 exige 62 anos para mulheres e 65 para homens, além de 15 anos de contribuição (180 meses de carência), períodos pagos em atraso podem ajudar a completar o tempo de contribuição, mas não necessariamente a carência exigida, o que pode inviabilizar o benefício.
Na aposentadoria por tempo de contribuição, que exige 35 anos para homens e 30 para mulheres, as parcelas atrasadas ajudam a atingir o tempo total necessário, desde que a carência mínima esteja cumprida.
Compreender essas diferenças é fundamental para determinar se o investimento na regularização de contribuições atrasadas trará o retorno esperado em termos de benefício previdenciário.
Regras de transição da reforma
A Reforma da Previdência estabeleceu regras de transição que afetam diretamente o cálculo e os requisitos para aposentadoria. Em relação a contribuições atrasadas:
Quando vale a pena pagar contribuições atrasadas
A decisão de pagar contribuições em atraso deve ser baseada em uma análise cuidadosa da situação previdenciária individual. Em alguns casos, o investimento pode antecipar significativamente a aposentadoria ou aumentar o valor do benefício, enquanto em outros pode representar um gasto desnecessário que não trará os resultados esperados.
Para mais informações, acesse o site O Bolsa Família Brasil.