Imagine sair de casa, fazer compras e pagar apenas encostando o cartão na maquininha. Rápido, fácil e sem senha. Essa é a realidade dos pagamentos por aproximação, que crescem no Brasil: em 2024, cerca de 40% das transações com cartão no país usaram essa tecnologia, segundo a Abecs.
Mas essa conveniência tem um lado menos brilhante. Golpes e fraudes estão mais sofisticados, e muitos brasileiros ainda não sabem como se proteger. Já parou para pensar se o seu cartão está seguro?
Este texto traz orientações claras para usar a função de aproximação com confiança, além de alertas sobre riscos e dicas práticas para evitar problemas.
O que é a função de aproximação no cartão?
A função de aproximação, ou NFC (Near Field Communication), permite pagar apenas encostando o cartão, celular ou relógio em um terminal compatível. Não é preciso inserir o cartão na máquina ou digitar senha para valores menores, geralmente até R$ 200.
Essa tecnologia usa ondas de rádio para transmitir dados em curtas distâncias, tornando as transações rápidas. No Brasil, bancos como Nubank, Banco do Brasil e Itaú oferecem cartões com NFC, e o uso explodiu em lojas, restaurantes e até transporte público.
Como funciona na prática?
O cartão com NFC tem um chip que se comunica com a maquininha. Quando aproximado, o terminal lê os dados e processa o pagamento. É seguro? Na teoria, sim, mas há riscos que precisam de atenção, como veremos adiante.
Principais riscos do uso por aproximação
Pagamentos por aproximação facilitam a vida, mas também atraem golpistas. Em 2024, fraudes com cartões cresceram 15% no Brasil, segundo a Febraban. Os principais riscos incluem:
- Leitores ilegais: Criminosos instalam dispositivos em terminais para capturar dados do cartão.
- Clonagem de dados: Equipamentos maliciosos podem copiar informações do chip para uso indevido.
- Aproximações não autorizadas: Em locais lotados, como metrôs, golpistas podem tentar ler o cartão sem você perceber.
Esses riscos são mais comuns em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o volume de transações é alto.
Como proteger seu cartão contra golpes
Proteger o cartão exige cuidados simples, mas eficazes. Aqui vão algumas dicas práticas:
- Ative notificações no celular: Bancos como Nubank e Inter enviam alertas para cada transação. Isso ajuda a identificar compras estranhas na hora.
- Use capas protetoras: Capas com bloqueio de RFID evitam leituras não autorizadas. Elas custam a partir de R$ 10 em lojas online.
- Monitore extratos: Cheque o aplicativo do banco regularmente. Qualquer transação desconhecida deve ser relatada imediatamente.
- Prefira carteiras digitais: Apps como Google Pay e Apple Pay exigem autenticação (como biometria), aumentando a segurança.
Já pensou como uma capa de R$ 10 pode evitar uma dor de cabeça de milhares de reais?
O que dizem os bancos sobre a função aproximação?
Bancos brasileiros, como Bradesco e Santander, destacam que a tecnologia NFC é segura, com criptografia avançada. No entanto, eles alertam: a segurança depende do usuário.
Em 2025, o Banco Central exigirá que todos os cartões com NFC tenham limites de transação ajustáveis. Bancos recomendam:
- Ajustar o limite de compras sem senha para valores baixos.
- Desativar a função NFC em apps ou agências, se não for usada.
- Contatar o banco em até 24 horas em caso de suspeita de fraude.
O Nubank, por exemplo, permite desativar a função diretamente no aplicativo, em menos de um minuto.
Vantagens e desvantagens do pagamento por aproximação
Vantagens
- Rapidez: Transações levam segundos, ideal para filas.
- Praticidade: Sem senha para valores pequenos.
- Amplamente aceito: 80% das maquininhas no Brasil aceitam NFC, segundo a Cielo.
Desvantagens
- Risco de fraude: Golpistas podem explorar a facilidade da tecnologia.
- Limite sem senha: Valores até R$ 200 podem ser cobrados sem autenticação.
- Falta de controle: Em locais lotados, o cartão pode ser lido sem intenção.
Vale a pena usar? Depende do quanto você se protege.
Como desativar a função aproximação no cartão
Não quer usar a função NFC? É possível desativá-la. Veja como:
- No aplicativo do banco: Bancos como Itaú e Nubank permitem desativar a função em poucos cliques. Busque por “Gerenciar cartão” ou “Configurações”.
- Na agência: Solicite ao gerente a desativação ou a troca por um cartão sem NFC.
- Bloqueio físico: Algumas pessoas furam o chip NFC, mas isso pode danificar o cartão. Consulte o banco antes.
Desativar a função pode trazer paz de espírito, mas você já considerou se a conveniência vale o cuidado extra?
Relatos de usuários sobre golpes e fraudes
Casos de fraudes com aproximação não são raros. Em 2024, uma consumidora de São Paulo relatou ao Procon que perdeu R$ 500 em compras não autorizadas no metrô. Outro caso, no Rio, envolveu um turista que teve o cartão clonado em um terminal falso.
Esses relatos mostram a importância de estar atento. Uma dica dos usuários: sempre guarde o cartão em um compartimento protegido, como uma carteira com bloqueio RFID.
Dúvidas frequentes
- O pagamento por aproximação é seguro? Sim, mas exige cuidados, como monitoramento de transações e uso de capas protetoras.
- Como saber se meu cartão tem NFC? Procure o símbolo de ondas (parecido com Wi-Fi) no cartão ou pergunte ao banco.
- Posso ser cobrado sem querer? Sim, em locais lotados, mas capas RFID e limites baixos ajudam a evitar isso.
- O que fazer se detectar uma fraude? Contate o banco imediatamente e peça o bloqueio do cartão.
- Carteiras digitais são mais seguras? Sim, pois exigem autenticação, como senha ou biometria.
Pagamentos por aproximação são rápidos e práticos, mas exigem atenção. Ativar notificações, usar capas protetoras e monitorar extratos são passos simples que evitam grandes problemas. Bancos e varejistas também têm responsabilidade, mas a segurança começa com o usuário.
Em 2024, 40% das transações no Brasil usaram NFC, e a tendência é crescer. A pergunta é: você está pronto para usar essa tecnologia com segurança ou prefere desativá-la? Reflita sobre o que traz mais tranquilidade no seu dia a dia.
Para mais informações, acesso o site O BOLSA FAMÍLIA BRASIL.