Uma nova regra do Governo Federal está mudando a vida de muitas famílias. Com a publicação do decreto n.º 12.534, agora é permitido que duas pessoas que morem juntas recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A medida traz mais alívio para lares onde tanto idosos quanto pessoas com deficiência enfrentam desafios diários. No entanto, a notícia veio acompanhada de uma restrição: se houver recebimento do BPC, a mesma casa não poderá ter acesso ao Bolsa Família nem a outros programas de transferência de renda, como o seguro-desemprego.
Mais apoio dentro de casa
Antes, era comum que apenas um morador da mesma residência tivesse direito ao BPC, mesmo quando mais de uma pessoa preenchia os requisitos legais. Com a nova norma, dois moradores poderão receber o benefício integral, que hoje corresponde a um salário mínimo por pessoa. Na prática, isso significa mais dignidade e estabilidade para famílias que vivem situações delicadas.
A medida beneficia, por exemplo, casas onde um idoso divide despesas com um filho ou neto com deficiência. Agora, os dois moradores da mesma casa poderão receber o BPC, desde que a renda por pessoa da família não ultrapasse 25% do salário mínimo.
Mas atenção: Bolsa Família e BPC juntos, não mais
A nova regra também impõe uma limitação importante: quem já recebe o BPC não poderá acumular o Bolsa Família na mesma casa. A intenção do governo é evitar sobreposição de benefícios sociais e garantir que os recursos cheguem a mais famílias, sem duplicidade. Isso exigirá atenção e planejamento por parte das famílias, especialmente aquelas que contavam com os dois programas ao mesmo tempo.
Fim da revisão obrigatória a cada dois anos
Outra mudança anunciada é o fim da exigência de revisão obrigatória do BPC a cada dois anos. A partir de agora, o governo poderá reavaliar os dados dos beneficiários a qualquer momento, mas não será mais necessário cumprir prazos fixos. A ideia é tornar o processo mais eficiente e menos burocrático, sem prejudicar quem depende do benefício.
O que muda na prática?
- Mais segurança financeira: duas pessoas por família agora podem receber o BPC, dobrando o apoio nos lares que mais precisam.
- Atenção redobrada no CadÚnico: quem optar pelo BPC não poderá ter Bolsa Família na mesma residência.
- Menos burocracia: fim das revisões bienais facilita a vida de quem já sofre com a lentidão dos sistemas públicos.
- Mais fiscalização: os dados poderão ser checados a qualquer momento, o que exige responsabilidade com as informações declaradas.
Quem tem direito ao BPC?
- Pessoas com 65 anos ou mais;
- Pessoas com deficiência de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo;
- Famílias com renda mensal per capita de até ¼ do salário mínimo (atualmente R$ 353);
- Para ter direito ao BPC, é preciso estar inscrito no Cadastro Único e passar por avaliações médica e social realizadas pelo INSS.
Não arrisque ficar sem o BPC! Assista agora e descubra o que fazer para manter seu benefício garantido!
Como escolher o benefício mais adequado para sua realidade?
Diante da proibição de acumular o BPC com o Bolsa Família, muitas famílias precisarão avaliar qual benefício oferece mais segurança e estabilidade. Isso pode variar conforme o número de integrantes, a presença de crianças, gestantes ou jovens na casa, além da renda declarada.
Se houver dúvidas, o mais indicado é buscar orientação no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo, onde assistentes sociais podem ajudar a entender os impactos e ajudar na atualização do Cadastro Único.