O Banco Mundial alertou que é “crucial” para o governo brasileiro aprimorar o monitoramento do Bolsa Família, principalmente em relação à fraude que afeta o programa.
Em um relatório publicado em 26 de junho de 2025, a instituição sugeriu que o valor mínimo de R$600,00 por família deveria ser independente de composição familiar, visando reduzir os incentivos fraudulentos.
Com isso, a responsabilidade do governo em prevenir esses casos ganha ainda mais importância, principalmente em um contexto onde irregularidades têm sido detectadas em grande escala.
O problema das fraudes no Bolsa Família
O Bolsa Família é um dos maiores programas de transferência de renda do Brasil, atendendo milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. No entanto, com a popularização do benefício, o programa também passou a ser alvo de diversas fraudes.
Uma das principais irregularidades identificadas é a omissão de membros da família para garantir o benefício. O Banco Mundial identificou que, ao menos 1,4 milhão de famílias têm omitido o cônjuge para continuar a receber o auxílio, o que é um problema grave, pois isso gera distorções no número de beneficiados e prejudica a efetividade do programa.
Segundo o relatório do Banco Mundial, a fraude não se limita a casos individuais, mas envolve uma rede de práticas que prejudicam a execução correta do programa.
Para resolver essa questão, a recomendação é que o governo brasileiro melhore a integração de suas bases de dados, como o Cadastro Único, com outras bases de dados governamentais, além de fortalecer os mecanismos de controle.
A solução proposta: melhorias no Cadastro Único
A principal recomendação do Banco Mundial envolve um trabalho mais eficaz na integração do Cadastro Único com outras bases de dados, como as que são gerenciadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outras fontes governamentais.
A partir dessa integração, seria possível identificar de forma mais precisa os membros da família que estão realmente em situação de vulnerabilidade, evitando fraudes e distorções no pagamento dos benefícios.
Além disso, o Banco Mundial também sugeriu que o governo adote medidas mais rigorosas para atualizar constantemente os dados do Cadastro Único. Isso garantiria que os benefícios fossem pagos apenas para as famílias que realmente atendem aos critérios do programa.
Desta forma, é relevante que o governo atue de forma eficaz na integração das bases de dados e na atualização constante das informações para garantir que o Bolsa Família cumpra sua missão de apoiar as famílias em situação de vulnerabilidade.
Veja mais Bolsa Família no vídeo a seguir: