Muitas pessoas que recebem um salário mínimo têm dúvidas sobre a possibilidade de entrar no Bolsa Família em 2025. O programa, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, segue regras que avaliam a condição socioeconômica de cada família antes da concessão do benefício.
Como o governo calcula a renda para o Bolsa Família
O fator central para aprovação no Bolsa Família é a renda per capita. Para calcular, o total de rendimentos de todos os moradores da casa deve ser somado e, em seguida, dividido pelo número total de pessoas que vivem no mesmo imóvel.
Se o resultado for igual ou inferior a R$ 218 por pessoa, a família pode ser elegível ao benefício. Isso significa que mesmo famílias com renda total de um salário mínimo podem se enquadrar, desde que tenham um número suficiente de moradores para que a divisão chegue ao limite permitido.
Exemplo prático de cálculo de renda per capita
Considere uma família com renda total de R$ 1.518 e sete moradores. O cálculo será:
- Renda total: R$ 1.518
- Número de pessoas: 7
- Resultado: R$ 216 por pessoa
Neste cenário, a família cumpre o critério de renda, pois o valor por pessoa ficou abaixo de R$ 218.
Se, por outro lado, uma família com a mesma renda tiver apenas cinco moradores, a renda per capita seria de R$ 303,6. Nesse caso, não teria direito ao benefício.
Quem precisa estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico)
Além da renda, outro requisito obrigatório é a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico. As informações do cadastro são a base para o governo selecionar os beneficiários.
A inscrição pode ser feita presencialmente em unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de cada município. No ato do registro, é necessário apresentar documentos de todos os membros da família, como CPF, RG, comprovante de residência e comprovantes de renda.
A atualização cadastral deve ocorrer sempre que houver mudança na composição familiar ou na renda mensal.
Condicionalidades exigidas para manutenção do benefício
Além da análise de renda e da inscrição no CadÚnico, o governo exige que as famílias cumpram algumas condicionalidades sociais para continuar recebendo o Bolsa Família. As principais são:
- Frequência escolar mínima para crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos
- Atualização do calendário de vacinação para os menores de idade
- Acompanhamento pré-natal para gestantes
- Participação em programas de saúde para crianças menores de 7 anos
O descumprimento pode resultar em bloqueio, suspensão ou até cancelamento do benefício.
Valor dos repasses em 2025
O valor base do Bolsa Família em 2025 permanece em R$ 600 por família. Além desse piso, o programa oferece adicionais conforme a composição familiar:
- R$ 150 para cada criança de até 6 anos
- R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de 7 a 18 anos
- R$ 50 para cada membro da família com idade entre 7 e 18 anos
Esses adicionais ajudam a elevar o valor total recebido por famílias maiores.
Como consultar a situação do benefício
A consulta sobre a aprovação e os valores pode ser feita de forma digital pelo aplicativo Bolsa Família ou pelo aplicativo Caixa Tem. Outra opção é o atendimento presencial nas agências da Caixa Econômica Federal.
Também existe a central de atendimento 111, que permite verificar se o benefício foi concedido e em que data o pagamento será realizado.
Outras condições que podem interferir na aprovação
Além da renda e das condicionalidades, a existência de outras fontes de transferência de renda pode impactar a análise do pedido. Famílias que já recebem benefícios como o BPC precisam verificar se o acúmulo é permitido, de acordo com as regras do Bolsa Família.
Outra situação que merece atenção é o registro de endereço atualizado. Dados incorretos no CadÚnico podem gerar atraso na análise ou até indeferimento.
Mantenha seu cadastro atualizado
Ter uma renda de um salário mínimo não impede a entrada no Bolsa Família em 2025. O que define a aprovação é a renda per capita e o cumprimento dos demais requisitos estabelecidos pelo programa. Manter o cadastro atualizado e acompanhar os canais oficiais de comunicação ajuda a esclarecer dúvidas e aumenta as chances de acessar o benefício.