Se a quantidade de faltas escolares da sua filha aumentou e isso despertou um sinal de alerta, saiba que essa é uma dúvida comum: o benefício do Bolsa Família corre risco?
A resposta não é tão simples assim, depende de alguns fatores. Entender como a frequência escolar influencia o recebimento do Bolsa Família pode evitar surpresas desagradáveis. Confira abaixo as informações essenciais para proteger esse direito.
A importância da frequência escolar
Você sabia que a frequência escolar é um dos requisitos para manter o Bolsa Família? O programa pede que as crianças e adolescentes estejam sempre presentes nas aulas, porque isso é a chave para garantir o acesso à educação. E, no fim das contas, é a educação que pode transformar a vida da sua família.
O Bolsa Família tem regras, sim e elas fazem diferença
O Bolsa Família é um apoio financeiro importante para muitas famílias. Mas, para que esse auxílio continue chegando todo mês, é necessário cumprir algumas exigências. Para continuar recebendo o benefício, é preciso que os filhos estejam com presença firme na escola. Isso ajuda a garantir que a educação faça parte do dia a dia dessas famílias.
Entre elas:
- Frequência escolar mínima;
- Vacinação infantil em dia;
- Acompanhamento médico e nutricional;
- Pré-natal para gestantes;
- Cadastro Único sempre atualizado.
Essas exigências garantem que o benefício atenda às famílias que mais precisam e contribuam para o bem-estar geral de todos os membros da casa.
Quantas faltas são permitidas por ano?
Essa é uma das principais dúvidas. A resposta está nos percentuais mínimos de presença exigidos:
Frequência mínima por idade:
- De 4 a 5 anos: presença em pelo menos 60% das aulas – o que permite até 40 faltas no ano.
- De 6 a 18 anos: presença em pelo menos 75% das aulas – o limite é de até 25 faltas no ano.
Dica útil: Faltas justificadas são avaliadas de forma diferente. Sempre que possível, leve atestados ou declarações à escola.
Faltas em excesso podem bloquear o benefício?
Sim, podem. Mas não de forma imediata. O sistema do Bolsa Família prevê etapas progressivas:
Etapas que antecedem a suspensão:
- Advertência: uma primeira notificação é enviada à família;
- Bloqueio temporário: impede o saque até que o problema seja resolvido;
- Suspensão: o pagamento é interrompido;
- Cancelamento: o benefício é encerrado, em caso de descumprimento repetido e sem justificativa.
Tudo isso existe para dar tempo e oportunidade de resolver o que está acontecendo, antes de qualquer corte definitivo.
Quais faltas podem ser justificadas?
Nem toda ausência prejudica o benefício. Quando a criança ou adolescente falta por motivos sérios e comprovados, é possível justificar.
Motivos aceitos como justificativa:
- Doença, com atestado médico;
- Morte ou doença grave na família;
- Falta de transporte escolar ou problemas no trajeto;
- Situações emergenciais registradas.
Essas justificativas devem ser levadas à escola e, se necessário, ao CRAS.
Motivos que não são aceitos:
- Gravidez precoce;
- Trabalho infantil;
- Desinteresse;
- Violência não registrada oficialmente;
- Ausência de motivo.
Nesses casos, outras políticas públicas devem ser acionadas, mas não impedem a suspensão do Bolsa Família.
O que fazer se o benefício for bloqueado?
Bloqueios podem acontecer, mas nem tudo está perdido. Existem caminhos para resolver e recuperar o benefício.
Passos recomendados:
- Comparecer ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua cidade;
- Levar documentos de identificação e, se possível, comprovantes das faltas;
- Regularizar o Cadastro Único, se houver alguma alteração;
- Conversar com a escola para garantir a volta à frequência adequada.
Quando tudo é comprovado corretamente, o benefício pode ser desbloqueado. Em muitos casos, os valores não recebidos são pagos retroativamente.
Atenção faz toda a diferença
A melhor maneira de evitar problemas com o Bolsa Família é manter o acompanhamento frequente da vida escolar da criança. Olhar o boletim, conversar com a escola e estar presente em reuniões ajuda a identificar qualquer sinal de alerta com antecedência. Além disso, o diálogo com o CRAS é essencial. Ele é essencial para tirar dúvidas, apresentar documentos e manter o benefício em dia. E se conhecer outra família passando por isso, compartilhar essas informações pode fazer toda a diferença.