Você já pensou em pegar um empréstimo com desconto direto na folha de pagamento? O crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada está ganhando espaço e não é à toa. Parece uma boa ideia, né? Mas será que cabe no seu bolso de verdade? Antes de assinar qualquer contrato, vale a pena entender o que está por trás dessa modalidade.
O que é o consignado CLT e como ele funciona?
Tem carteira assinada? Então você pode solicitar um empréstimo consignado. Nesse modelo, as parcelas são descontadas direto do seu salário, antes mesmo de o dinheiro cair na conta. Isso dá segurança para o banco e também impõe um limite: você pode comprometer, no máximo, 35% do salário bruto (somando empréstimos e cartão consignado).
Parece simples, né? Mas tem mais coisa nessa conta.
Por que tanta gente está aderindo?
Dados do Ministério do Trabalho mostram que mais de R$ 11 bilhões já foram emprestados nessa modalidade. A média por contrato? R$ 5.383. O Rio Grande do Sul se destacou com uma forte adesão ao crédito consignado. Ou seja, muita gente está usando essa linha de crédito para fugir dos juros altos do mercado.
E o FGTS como garantia?
Aqui entra uma possível virada: a Medida Provisória 1.292/2025 prevê o uso de até 10% do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia complementar.
Isso poderia baratear ainda mais os juros, mas atenção: a regra ainda não foi liberada pela Caixa Econômica Federal, que gerencia o fundo. Fique de olho nos próximos capítulos!
O que merece cuidado?
Mesmo com juros menores, nem todo crédito é vantagem. Olha só:
- A taxa média do consignado CLT gira em torno de 3,94% ao mês, ainda alta se comparada ao consignado para aposentados ou servidores;
- Não há um teto fixo para os juros, o que permite grande variação entre bancos e financeiras;
- A facilidade de acesso pode dar uma falsa sensação de controle, levando ao endividamento silencioso.
Você costuma revisar o orçamento com frequência? Se a resposta for “não”, cuidado redobrado.
Quer contratar? Veja este checklist:
Antes de fechar o contrato, confira estes pontos:
- O banco está autorizado a operar crédito consignado?
- A taxa de juros é competitiva comparada a outras opções?
- Você leu o contrato com atenção (principalmente cláusulas sobre garantias e atrasos)?
- As parcelas cabem no seu orçamento sem apertar?
- Há possibilidade de portabilidade? Quanto custa mudar de instituição?
Novidade na área: portabilidade ficou mais fácil
Desde 6 de junho, é possível fazer a portabilidade do consignado direto no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Isso permite comparar condições com mais agilidade e segurança.
E tem mais: por lei, a nova instituição precisa oferecer uma taxa de juros menor do que a atual. Essa medida também abre espaço para mais concorrência, fintechs, cooperativas e bancos digitais agora disputam esse mercado.
Fique atento aos prazos!
Ainda não é definitivo! O Consignado CLT precisa ser aprovado pelo Congresso até 9 de julho. Caso contrário, propostas como usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como garantia deixam de valer.
No fim das contas: vale a pena?
Depende. O consignado CLT pode ser uma boa saída, especialmente se você precisa de crédito rápido com juros mais baixos. Mas, como qualquer empréstimo, precisa ser pensado com calma. Analise o contrato, avalie seu orçamento e pense no impacto a longo prazo. Um crédito planejado pode ajudar. Mal usado, vira um problema difícil de resolver.
Para mais informações sobre o Crédito consignado para CLT, clique no vídeo abaixo: