Você conhece alguma mulher que esteja enfrentando uma situação difícil dentro de casa? Ou talvez você mesma esteja tentando sair de um relacionamento abusivo e não sabe por onde começar? Em momentos assim, o medo, a insegurança e a sensação de não ter para onde ir acabam deixando tudo ainda mais difícil. É justamente para essas situações que o programa SER Família Mulher foi criado.
Essa iniciativa Estadual, está dando a muitas mulheres o apoio necessário para recomeçar. E quando falamos em apoio, estamos falando de ajuda de verdade: auxílio-moradia, acompanhamento psicológico, capacitação profissional e, acima de tudo, acolhimento.
Se você quer entender melhor como funciona, quem pode participar e o que fazer para dar esse primeiro passo com segurança, este conteúdo é pra você.
O que é o programa SER Família Mulher?
Criado em agosto de 2023 e idealizado pela primeira-dama do estado, Virginia Mendes, o SER Família Mulher é um programa voltado para mulheres vítimas de violência doméstica. O objetivo é simples, mas poderoso: ajudar mulheres a se libertarem de ciclos de violência, oferecendo o suporte necessário para que elas possam reconstruir suas vidas com dignidade e autonomia.
O que o programa oferece?
Você sabia que o programa garante um auxílio-moradia de R$ 600 por mês para mulheres que estão sob medidas protetivas? Isso mesmo. Esse valor pode ser usado para aluguel, água, luz, despesas básicas que fazem toda a diferença na hora de sair de uma casa onde a mulher está em risco.
Mas o apoio não para por aí:
- Atendimento psicológico com profissionais preparados para ajudar na superação emocional;
- Cursos de capacitação em parceria com instituições e empresas para que a mulher possa se recolocar no mercado de trabalho;
- Uma rede de apoio que envolve serviços de saúde, assistência social e segurança pública.
Tudo isso pensado para oferecer um recomeço de verdade.
Quem pode participar?
Se você ou alguém que conhece está vivendo uma situação de violência, o primeiro passo é procurar ajuda. Para participar do programa, é necessário:
- Ter medida protetiva vigente, de acordo com a Lei Maria da Penha;
- Registrar boletim de ocorrência e formalizar a denúncia contra o agressor;
- Apresentar a documentação necessária, como RG, comprovante de residência e o próprio boletim de ocorrência.
Depois disso, a mulher pode se inscrever no programa por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), que orienta todo o processo.
Como esse programa está mudando vidas?
Histórias como a da Jenifer Surita mostram que, com apoio, é possível virar a página. Depois de anos de violência psicológica, ela conseguiu sair da situação, entrou para o programa, fez um curso de programação e agora sonha com um futuro diferente para ela e seus filhos.
Ou o caso de L.S.A., que, após conseguir o auxílio e o apoio psicológico, teve força para afastar o agressor e hoje está prestes a abrir o próprio negócio. Esses relatos emocionam e mostram que o programa não é só teoria, ele está mudando realidades, todos os dias.
O que é a Expedição SER Família Mulher?
Pensando em alcançar ainda mais mulheres, principalmente aquelas que vivem em áreas afastadas ou que nem sabem da existência do programa, surgiu a Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas.
Essa ação leva equipes especializadas para diferentes regiões do estado, promovendo:
- Capacitação de profissionais da assistência social;
- Palestras e orientações para mulheres sobre seus direitos e como buscar ajuda;
- A divulgação do programa em comunidades que, muitas vezes, ficam à margem da informação.
O que torna tudo isso possível?
Além da força de vontade das mulheres que decidem recomeçar, o programa conta com parcerias importantes:
- Com empresas como a Nexa, que oferece cursos de capacitação;
- Com instituições como a Univag, que facilita o acesso à educação a distância;
- E com todo o sistema de proteção social do estado, para que nenhuma mulher se sinta sozinha nesse processo.
Como dar o primeiro passo?
Se você está passando por uma situação de violência, você não está sozinha. O primeiro passo é registrar a ocorrência numa delegacia, de preferência numa Delegacia da Mulher. A partir disso:
- Procure a Setasc (Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania) para obter informações detalhadas;
- Reúna os documentos necessários, como RG, boletim de ocorrência e comprovante de residência;
- Solicite sua inscrição no programa.
A equipe do SER Família Mulher vai analisar o seu caso e, se estiver dentro dos critérios, você passa a receber o auxílio e os outros benefícios.
Recomeçar é possível e você tem direito a isso
A violência doméstica é uma realidade dura, silenciosa e muitas vezes invisível. Mas ninguém merece viver com medo. O SER Família Mulher não é uma solução mágica, mas é um braço estendido para quem quer mudar de vida e precisa de apoio para isso.
Se você leu até aqui e se identificou com alguma parte deste texto ou pensou em alguém que pode estar passando por isso, saiba que é possível sair dessa situação. O apoio existe, e você tem o direito de buscar uma vida com respeito, segurança e liberdade.
Porque ninguém merece viver aprisionada pelo medo. E toda mulher merece a chance de recomeçar com dignidade.