A Caixa Econômica Federal divulgou o novo calendário de pagamento do Fundo PIS/Pasep, que começa a valer em maio de 2025. A partir do dia 15, trabalhadores com carteira assinada entre 1971 e 1988 poderão retirar valores que ficaram esquecidos por décadas. O banco estima que milhões de brasileiros ainda têm direito ao benefício e sequer sabem disso. O anúncio reacende a esperança de quem aguarda por uma ajuda financeira inesperada mas será que todos estão atentos a essa oportunidade?
Um dinheiro que pertence ao trabalhador, mas que muitos nem lembram que existe
O Fundo PIS/Pasep foi criado com o objetivo de formar uma espécie de poupança coletiva para os trabalhadores do setor público e privado. Durante anos, parte dos valores era depositada em nome dos empregados. O detalhe que escapa a muita gente é que quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988 pode ter dinheiro guardado até hoje, sem nunca ter feito o saque.
Ao contrário do abono salarial que é pago anualmente, esse fundo é diferente. Ele não tem relação com salário atual, tempo de serviço recente ou contribuição ao FGTS. É um valor fixado no passado, mas que ainda está disponível, esperando pelo dono. A Caixa é responsável pela gestão desde que o fundo foi incorporado ao FGTS, e agora está retomando a liberação dos saques com base no mês de nascimento dos beneficiários.
Os pagamentos seguirão a seguinte ordem:
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Nascidos em janeiro: saque a partir de 15 de maio
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Nascidos em fevereiro: 17 de junho
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Nascidos em março e abril: 15 de julho
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Nascidos entre maio e dezembro: 15 de agosto
Para os que possuem conta corrente ou poupança ativa na Caixa, o valor será depositado automaticamente. Já quem não tem vínculo com o banco precisa solicitar o saque. É possível consultar a situação usando o aplicativo do FGTS, pelo site da Caixa ou em qualquer agência.
Herdeiros também podem sacar os valores e muitos ainda não sabem disso
Outro ponto importante é que os valores não resgatados por trabalhadores que já faleceram podem ser retirados pelos herdeiros. Neste caso, basta apresentar a documentação necessária, como certidão de óbito e comprovantes de parentesco ou inventário. O banco permite esse tipo de solicitação mesmo que o trabalhador já tenha falecido há muitos anos.
É natural que muitas famílias nem imaginem que esse dinheiro existe. Por isso, a orientação é que parentes de pessoas falecidas que trabalharam com carteira assinada entre 1971 e 1988 procurem saber se há valores a receber. O saldo pode ser mais relevante do que se pensa: segundo a Caixa, há casos de valores superiores a R$ 3 mil. Em tempos de aperto financeiro, esse valor pode trazer um alívio mais do que bem-vindo.
Valor não retirado até 2025 será perdido: o relógio está correndo
Outro alerta importante: os trabalhadores ou herdeiros têm até 2025 para fazer o saque. Depois desse prazo, os valores serão devolvidos de forma definitiva ao Tesouro Nacional e não poderão mais ser recuperados. A Caixa já informou que não haverá prorrogação. Em outras palavras, o prazo é curto, e o risco de perder o direito é real.
A situação chama a atenção, principalmente porque envolve trabalhadores que estão hoje na faixa dos 50, 60 ou até 70 anos. Muitos estão aposentados, vivendo com renda fixa e enfrentando dificuldades. Outros sequer imaginam que têm esse valor esperando por eles. O que falta para mais pessoas se informarem?
Consulta rápida e gratuita: dá para saber em poucos minutos se há valores a receber
Saber se há valores disponíveis é simples. Basta acessar o site da Caixa ou o aplicativo FGTS e digitar o CPF ou o número do NIS. Em poucos segundos, o sistema informa se há ou não saldo disponível. Quem preferir pode ir diretamente até uma agência. Não é necessário pagar nada, nem contratar serviço de terceiros.
Em tempos de golpes e promessas falsas na internet, vale lembrar: ninguém precisa pagar para consultar ou receber o Fundo PIS/Pasep. A própria Caixa reforça que os atendimentos são gratuitos, e que o uso dos canais oficiais é o caminho mais seguro.
E se esse valor puder resolver um problema antigo?
Quantas vezes já se ouviu alguém dizendo que está com dívidas, que o dinheiro não dá até o fim do mês ou que precisaria de um extra para colocar a vida em ordem? Talvez essa seja a oportunidade de resolver um problema antigo com um dinheiro que é seu por direito e que só está esperando para ser sacado.
A dúvida que fica é: quantas pessoas ainda vão perder esse benefício por desconhecimento ou por achar que não vale a pena verificar? Será que vale arriscar deixar um dinheiro para trás sem sequer consultar?
Fico no aquardo desse pagamento mais