Imagine poder transformar a vida de uma criança ou adolescente, oferecendo-lhe o carinho e cuidado de um lar temporário. Essa é a proposta do Governo do Estado que lançou o Programa de Regionalização do Acolhimento Familiar. A iniciativa, que tem como objetivo apoiar famílias que recebem temporariamente crianças e adolescentes afastados de suas famílias biológicas, agora oferece uma bolsa-auxílio de R$ 1.000 por mês. Se você está interessado em saber como participar e entender melhor a importância desse programa, continue lendo.
O que é o Acolhimento Familiar?
O Acolhimento Familiar é uma alternativa ao modelo tradicional de abrigamento, onde crianças e adolescentes que passaram por situações de violação de direitos podem ser acolhidos por famílias temporárias enquanto aguardam a decisão judicial sobre o seu futuro. Ao contrário dos abrigos institucionais, o objetivo do acolhimento familiar é oferecer um ambiente mais acolhedor e afetivo, que favoreça o desenvolvimento e bem-estar dos menores.
O que é necessário para se tornar uma família acolhedora?
A proposta é simples, mas de grande importância: famílias dispostas a acolher temporariamente crianças e adolescentes e que possam proporcionar um lar com afeto, educação e cuidados. Para participar, o processo de adesão ocorre por meio do Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria), órgão responsável pela seleção e apoio às famílias acolhedoras.
Isabel Fonteles, coordenadora do Pacto pelas Crianças e primeira-dama, destaca a importância dessa ação: “Queremos que mais famílias se disponibilizem para esse acolhimento. Temos muitas crianças em abrigos e, apesar de oferecer o melhor ambiente possível, sabemos que é melhor para elas crescerem em um lar com afeto.”
Como funciona o programa e a bolsa-auxílio
Famílias selecionadas para acolher crianças e adolescentes recebem uma bolsa-auxílio de R$ 1.000 mensais para ajudar nas despesas de manutenção, como alimentação, saúde, educação e cuidados gerais. O valor foi dobrado, de R$ 500 para R$ 1.000, como forma de garantir que as famílias acolhedoras tenham o suporte necessário para proporcionar o melhor ambiente possível para as crianças.
O papel do acolhimento na reintegração familiar ou adoção
O acolhimento familiar é temporário e pode durar até 18 meses, período no qual o Judiciário decide se a criança será reintegrada à família biológica ou se será disponibilizada para adoção. Durante esse período, as crianças têm a chance de vivenciar um ambiente familiar, o que pode ajudá-las no processo de adaptação, caso precisem ser adotadas no futuro.
Regina Sousa, secretária da Assistência Social (Sasc), explica o funcionamento do processo: “Selecionamos as famílias e as preparamos para o acolhimento, garantindo que a criança tenha uma experiência afetiva e saudável. Isso é fundamental para o desenvolvimento emocional e para o futuro dela.”
Como se cadastrar para ser uma família acolhedora?
Se você se interessou em participar do programa e se tornar uma família acolhedora, o primeiro passo é procurar o Cria, que está localizado no Centro de Teresina-Piauí, na rua São Pedro. Lá, as famílias passam por um processo de habilitação e são orientadas sobre todos os cuidados necessários para garantir uma experiência positiva tanto para a criança quanto para a própria família acolhedora.
Além de garantir a convivência familiar, o acolhimento familiar também proporciona a chance de apoiar a criança na busca por um futuro mais saudável, seja com a reintegração à família de origem ou em um novo lar por meio da adoção.
O desafio de encontrar famílias acolhedoras
O programa já conta com várias famílias cadastradas em Teresina, mas a necessidade é maior. Em muitos abrigos, ainda existem diversas crianças e adolescentes aguardando por uma família que possa oferecer um lar temporário e cheio de carinho.
Francimélia Nogueira, diretora do Cria, destaca a importância dessa rede de apoio: “Sabemos que existem muitas famílias dispostas a cuidar, mas precisamos encontrá-las. O acolhimento familiar não só oferece um lar temporário, mas também ajuda a fortalecer a criança para o futuro, seja com a sua reintegração à família ou uma adoção.”
Um impacto positivo para todos
Participar do programa de acolhimento familiar é mais do que oferecer um lar, é também uma oportunidade de contribuir para o bem-estar e o futuro de crianças e adolescentes que, muitas vezes, enfrentam dificuldades por não poderem contar com o apoio de suas famílias biológicas. O Governo do Piauí, com o apoio da Sasc e do Cria, busca expandir o programa para todos os cantos do estado, convidando cada vez mais famílias a se unirem a essa causa transformadora e oferecerem um lar cheio de acolhimento.
Se você conhece alguém que possa se interessar no programa de Acolhimento Familiar, compartilhe essa informação! Cada família acolhedora faz a diferença.