Muitos beneficiários do Bolsa Família podem se deparar com a situação em que o benefício aparece como liberado, mas o valor não é creditado na conta. Essa ocorrência pode gerar angústia e preocupação, já que o auxílio financeiro é essencial para muitas famílias. No entanto, existem diversas razões que podem explicar esse atraso no pagamento, e compreendê-las é o primeiro passo para resolver o problema.
Como saber se o Bolsa Família foi bloqueado ou cancelado?
Se o benefício não foi creditado na conta, é importante verificar se ele foi bloqueado ou cancelado. Existem várias formas de consultar a situação do Bolsa Família:
- Aplicativo Caixa Tem
- Aplicativo do Bolsa Família
- Aplicativo do Cadastro Único
- Portal Cidadão da Caixa
- Telefone 121 do Ministério da Cidadania
- Central de Atendimento da Caixa (111)
Ao acessar um desses canais e informar o Número de Identificação Social (NIS) ou o CPF, o beneficiário poderá verificar se o pagamento está aprovado, bloqueado ou cancelado.
Situações em que o Bolsa Família pode não cair na conta
Vários fatores podem contribuir para que o valor do Bolsa Família não seja depositado na conta do beneficiário, mesmo após a liberação do pagamento. Algumas das principais causas incluem:
Dados cadastrais desatualizados ou inconsistentes
O Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) é a base de dados utilizada pelo governo federal para identificar as famílias elegíveis para receber o Bolsa Família. No entanto, se as informações registradas nesse cadastro estiverem desatualizadas ou apresentarem inconsistências, o pagamento pode ser bloqueado.
As famílias têm a obrigação de atualizar seus dados cadastrais a cada dois anos ou sempre que houver alterações significativas, como mudança de endereço, composição familiar ou renda. Caso contrário, o Ministério da Cidadania pode perceber divergências ao cruzar os dados do CadÚnico com outras bases do governo, levando ao bloqueio temporário do benefício.
Renda familiar acima do limite estabelecido
O Bolsa Família é destinado a famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, com renda per capita mensal de até R$ 218. Se houver um aumento na renda familiar que ultrapasse esses limites, o benefício pode ser suspenso temporariamente até que a situação seja regularizada.
Revisão periódica dos cadastros
Periodicamente, o Ministério da Cidadania realiza uma revisão geral dos cadastros do CadÚnico, a fim de identificar possíveis irregularidades ou famílias que não atendem mais aos critérios do programa. Durante esse processo, alguns benefícios podem ser bloqueados temporariamente até que as informações sejam verificadas e atualizadas.
Problemas técnicos ou operacionais
Em alguns casos, o atraso no pagamento do Bolsa Família pode ser causado por problemas técnicos ou operacionais, tanto no sistema do Ministério da Cidadania quanto na Caixa Econômica Federal, responsável pelos depósitos. Nesses casos, o benefício pode ser liberado, mas não cair na conta imediatamente devido a instabilidades ou sobrecarga nos sistemas.
Procedimentos para desbloquear o Bolsa Família
Se o benefício estiver bloqueado, é possível realizar o desbloqueio seguindo alguns procedimentos. O principal deles é atualizar os dados cadastrais no CadÚnico, corrigindo quaisquer inconsistências ou informações desatualizadas.
Para atualizar o cadastro, o responsável familiar deve se dirigir a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou posto de atendimento do CadÚnico em sua cidade, levando os seguintes documentos:
- CPF ou Título de Eleitor do Responsável Familiar
- Documento de Identificação de cada membro da família (preferencialmente CPF)
- Comprovante de residência
- Comprovante de matrícula de crianças e adolescentes (se houver)
Após a atualização, o Ministério da Cidadania e a Dataprev revisarão os dados da família para garantir que não existam mais inconsistências e que o beneficiário ainda se enquadre nas regras de elegibilidade do programa. A família deve receber a resposta sobre a aprovação ou não do Bolsa Família em até 30 dias.