O Bolsa Família é um programa de transferência de renda e combate à pobreza e à fome implementado pelo governo federal brasileiro. Este programa substitui o antigo Auxílio Brasil, reafirmando o compromisso do país com a erradicação da pobreza extrema.
Para ser elegível ao Bolsa Família, a principal condição é possuir uma renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa. Esse cálculo é realizado somando a renda total da família e dividindo o resultado pelo número de membros.
No entanto, receber o benefício não é um processo automático. Os beneficiários devem atender a algumas exigências, como garantir a frequência escolar de crianças e adolescentes, realizar o acompanhamento pré-natal para gestantes e manter as carteiras de vacinação atualizadas.
Como se Inscrever no Bolsa Família?
A inscrição no Bolsa Família inicia com o registro no Cadastro Único (CadÚnico), o principal mecanismo do governo federal para incluir famílias de baixa renda em programas sociais. Após a inscrição no CadÚnico, as famílias aguardam uma análise de enquadramento para determinar sua elegibilidade ao Bolsa Família.
É fundamental ressaltar que estar inscrito no Cadastro Único não garante a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles possui regras específicas. No entanto, o cadastro é um pré-requisito essencial para que a inscrição seja analisada.
Onde Realizar o Cadastro Único?
A inscrição no Cadastro Único pode ser feita pessoalmente em um dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou outros postos de atendimento municipal. Esse serviço é totalmente gratuito.
Para efetivar o cadastro, o responsável familiar deve comparecer ao local de atendimento com os seguintes documentos:
- CPFs de todas as pessoas da família que residem na mesma casa
- Documento com foto do responsável familiar
- Comprovante de residência
O Processo de Pré-Cadastro (Opcional)
Embora a inscrição no Cadastro Único deva ser feita presencialmente, é possível realizar um pré-cadastro online. Essa etapa é opcional e visa agilizar o atendimento durante a inscrição presencial.
O pré-cadastro pode ser realizado através do aplicativo do Cadastro Único ou pelo site gov.br. Após completar o pré-cadastro, o usuário tem 120 dias para comparecer a um posto de atendimento do Cadastro Único, onde deverá apresentar os documentos obrigatórios e finalizar a inscrição.
A Entrevista de Cadastramento
Ao buscar atendimento no Cadastro Único, seja no CRAS ou em um posto especializado, a etapa fundamental que o responsável familiar deve completar é a entrevista.
Um entrevistador social, funcionário da prefeitura, fará perguntas sobre diversos aspectos da realidade da família, incluindo:
- Quem faz parte dela
- Características do domicílio
- Despesas
- Grau de escolaridade dos integrantes
- Entre outros pontos relevantes
Ao final da entrevista, o entrevistador pedirá a assinatura do responsável familiar no formulário preenchido e fornecerá um comprovante de cadastramento.
Atribuição do NIS (Número de Identificação Social)
Após a inserção dos dados da família no Sistema de Cadastro Único, o sistema realizará checagens para verificar se os integrantes já possuem um NIS (Número de Identificação Social). Caso não tenham, será atribuído um NIS a cada pessoa.
O NIS é essencial, pois apenas as pessoas que o possuem podem participar de programas sociais. Esse processo pode levar até 48 horas e visa garantir que cada pessoa cadastrada seja única.
Quem Pode se Cadastrar no CadÚnico?
O Cadastro Único atende famílias com renda mensal de até meio salário-mínimo (R$ 1.412) por pessoa, equivalente a R$ 706. Para determinar a elegibilidade, some a renda total da família e divida pelo número de integrantes.
Além disso, o CadÚnico também inclui comunidades tradicionais e grupos específicos, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e população em situação de rua.
Atualizando os Dados Cadastrais
Ao se inscrever no Cadastro Único, a família se compromete a atualizar os dados sempre que houver uma mudança nas suas características (morte de alguém, nascimento, separação, casamento) ou mudança de domicílio.
Nesse caso, o próprio cidadão deve buscar espontaneamente um CRAS ou posto do Cadastro Único para atualizar suas informações. No entanto, o governo federal ou municipal pode também convocar as famílias para a atualização por meio de cartas, extratos ou telefonemas.
Manter os dados cadastrais atualizados é fundamental, pois permite identificar com precisão a situação em que a família se encontra para participar dos programas sociais do governo. Além disso, manter informações cadastrais corretas é essencial para garantir que os beneficiários recebam todos os comunicados e atualizações dos programas sociais.
Consultando os Dados Cadastrais
Por meio da plataforma gov.br, é possível verificar se a família está cadastrada no CadÚnico ou se precisa atualizar os dados. A ferramenta também permite checar se o cadastro está em processo de averiguação, o que pode exigir uma nova atualização. Além disso, a plataforma oferece informações sobre a situação do cadastro e eventuais pendências que precisam ser resolvidas.
Caso o setor do Cadastro Único se recuse a realizar o cadastramento, as pessoas podem denunciar esses casos entrando em contato com a Ouvidoria do Ministério da Cidadania, pelo telefone 121.
Emitindo o Comprovante de Inscrição
Existem três maneiras de emitir o documento que comprova a inscrição no Cadastro Único:
- Pela internet, através do endereço https://cadunico.dataprev.gov.br
- Através do aplicativo**: Disponível para Android e iOS.
- Em postos de atendimento do Cadastro Único no município.