Em um esforço para modificar os critérios de elegibilidade ao Bolsa Família, o deputado Padovani (União-PR) apresentou um projeto de lei que propõe desconsiderar do cálculo da renda familiar todos os rendimentos até 2,5 salários mínimos.
Detalhes da Proposta do Projeto de Lei 950/24
O Projeto de Lei 950/24, que está em análise na Câmara dos Deputados, tem o objetivo de facilitar o acesso ao Bolsa Família ao excluir do cálculo da renda familiar os rendimentos até o limite de 2,5 salários mínimos (aproximadamente R$ 3.530).
A intenção é expandir o alcance do programa para as famílias que, embora possuam uma renda per capita acima do limite atual, enfrentam desafios econômicos significativos.
Compreenda os Critérios Atuais para Acesso ao Bolsa Família
Atualmente, para serem elegíveis ao Bolsa Família, as famílias precisam estar inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) e possuir uma renda per capita mensal não superior a R$ 218.
O programa atualmente inclui diversas formas de receitas, excetuando apenas benefícios que são temporários, eventuais ou de natureza compensatória.
Justificativa para a Alteração Proposta
O deputado Padovani argumenta que a mudança é crucial para apoiar as famílias que, apesar de terem rendimentos ligeiramente acima do limite estabelecido, continuam a enfrentar dificuldades econômicas.
Ele defende que a alteração é uma medida de justiça social que visa a ampliação do acesso ao programa, proporcionando uma cobertura mais abrangente e eficaz.
Processo de Aprovação do Projeto de Alteração do Bolsa Família
O projeto de lei será avaliado em caráter conclusivo pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição, Justiça e de Cidadania.
A aprovação do projeto nessas comissões é necessária para que ele possa alterar significativamente o número de beneficiários do programa, potencialmente aumentando o número de famílias elegíveis e contribuindo para uma redução da desigualdade e promoção de maior inclusão social.
O que o projeto propõe?
- Aumento da renda familiar per capita: O projeto de lei propõe elevar o limite de renda familiar per capita para receber o Bolsa Família de R$ 218,00 para R$ 2,5 salários mínimos. Isso significa que mais famílias terão direito ao benefício, incluindo aquelas que estão na faixa de pobreza e extrema pobreza.
- Inclusão de novos grupos: O projeto também prevê a inclusão de novos grupos populacionais no Bolsa Família, como:
- Famílias com jovens entre 18 e 21 anos em situação de vulnerabilidade social.
- Pessoas com deficiência em situação de pobreza extrema.
- Famílias monoparentais com filhos adolescentes.
- Valor do benefício: O valor do benefício base do Bolsa Família continuará sendo de R$ 600,00, com adições de acordo com a composição familiar, como:
- R$ 150,00 para cada criança de até seis anos.
- R$ 50,00 para cada criança entre 7 e 11 anos ou adolescente entre 12 e 18 anos.
- R$ 50,00 para gestantes e lactantes.
- Forma de pagamento: O benefício continuará sendo creditado na conta digital do Caixa Tem ou pode ser sacado por meio do Cartão do Auxílio Brasil.
Qual a situação atual do projeto?
O projeto de lei ainda está em fase de análise na Câmara dos Deputados. Ainda não há data prevista para votação.
Para acompanhar o andamento do projeto:
- Acesse o site da Câmara dos Deputados: https://www.camara.leg.br/
- Procure pelo número do projeto de lei: PL 950/24
- Fique atento às notícias oficiais do Ministério da Cidadania e da Caixa Econômica Federal.
Importante:
- O Bolsa Família é um programa do Governo Federal que visa garantir renda mínima para famílias em situação de vulnerabilidade social.
- Para ter acesso ao benefício, é necessário estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e atender aos critérios de renda e vulnerabilidade social.
- Mantenha seus dados atualizados no CadÚnico para garantir o recebimento do benefício.
Em caso de dúvidas, entre em contato com o atendimento do Bolsa Família pelo telefone 135.
Este projeto de lei, se aprovado, representa um importante passo para ampliar o acesso à proteção social e combater a pobreza no Brasil.