No mês passado, a Caixa Econômica expressou seu interesse em adotar a moeda digital para realizar os pagamentos do Bolsa Família, beneficiando aproximadamente 21 milhões de famílias brasileiras, muitas das quais vivem em extrema pobreza.
A proposta de utilizar moeda virtual vem gerando diversas discussões e dúvidas.
Moeda digital e o Bolsa Família
A instituição está considerando a utilização do Drex, uma nova moeda digital brasileira, ainda em desenvolvimento, para efetuar pagamentos. O Banco Central, que também criou o PIX, está por trás do projeto-piloto do Drex.
A Caixa Econômica pretende modernizar e simplificar os pagamentos do Bolsa Família por meio da moeda digital. Essa inovação permitiria, por exemplo, receber o benefício através de um cartão offline, que poderia ser utilizado mesmo em áreas sem conexão com a internet.
Esse método facilitaria a vida de pessoas em regiões remotas, eliminando a necessidade de viagens longas para sacar dinheiro.
Embora a mudança para o pagamento em moeda digital esteja sendo explorada, não há indicações de que os pagamentos em reais serão descontinuados.
A comunidade do Bolsa Família pode ficar tranquila por enquanto, pois a moeda digital Drex ainda está sob análise e passará por testes iniciais antes de ser disponibilizada para os beneficiários do programa. Se aprovada, o Banco Central exigirá a criação de uma conta em uma carteira digital para receber o benefício dessa forma, marcando o Drex não como papel-moeda, mas como uma forma equivalente de dinheiro virtual.
Aprovação do DREX para pagamento do Bolsa Família?
A Caixa Econômica Federal está explorando a implementação do Drex, a nova moeda digital brasileira, em seus produtos e serviços. O banco destaca o desenvolvimento do real digital, que promete permitir pagamentos offline de benefícios sociais.
O Banco Central (BC), juntamente com um consórcio que inclui Elo e Microsoft, composto por 16 participantes, está por trás do desenvolvimento do projeto-piloto do Drex, e a Caixa está entre eles.
A Caixa informou à Folha de São Paulo que planeja permitir que beneficiários do Bolsa Família recebam o benefício através do Drex, utilizando um cartão offline que pode ser operado mesmo em áreas sem conectividade à internet.
O principal objetivo é facilitar a vida dos moradores de regiões remotas, que enfrentam dificuldades de acesso à internet e agências bancárias, como em comunidades ribeirinhas, evitando que tenham de viajar para outras cidades para realizar saques. Os pagamentos seriam efetuados por meio de um cartão, também operável offline.
Implementação efetiva do uso do Drex
A implementação efetiva do uso do Drex ainda dependerá da regulamentação futura por parte do Banco Central. Contudo, a Caixa sugere que essa iniciativa poderia beneficiar até 5% dos participantes do Bolsa Família.
Sobre o Drex, esse será o equivalente digital do real, pertencente à mesma família que o Pix. Enquanto o Pix facilita transações instantâneas, o Drex funcionará como a moeda em si para transações e investimentos, mantendo seu valor alinhado ao do real físico e sem as flutuações típicas das criptomoedas.
Além disso, o Drex promete ser mais facilmente rastreável que o dinheiro físico, auxiliando no combate a fraudes. Para acessar o Drex no futuro, os usuários precisarão de uma carteira digital autorizada pelo Banco Central.