O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, desmentiu os boatos sobre a inclusão de um “vale carne” no Bolsa Família, uma ideia que permitiria aos beneficiários adquirir proteínas para enriquecer suas refeições diárias.
Ele classificou a proposta como “bobagem”, explicando que originou de uma sugestão de um cidadão comum enviada a um ministério e, depois, encaminhada ao Planalto.
Lula, no entanto, destacou a importância de “baixarmos o preço da carne”, enfatizando que seu governo deve se esforçar para reduzir os preços dos alimentos e da energia.
Tudo começou quando uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que o governo federal estava avaliando a criação de um voucher destinado às famílias mais pobres para a compra de carne bovina, introduzindo um nome provisório para o programa: “Carne no Prato”.
Segundo o artigo, um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul apresentou essa proposta ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT).
O que é o Vale-Carne?
Em seguida, Lula deixou claro durante sua entrevista que a proposta do “vale carne” não passou por um estudo detalhado, descartando qualquer chance de sua implementação. Contudo, a menção de tal possibilidade provocou uma forte reação na semana passada, gerando ampla cobertura da mídia e debates acalorados com opiniões variadas.
Apesar da rejeição à ideia do “vale carne”, Lula enfatizou a continuidade e a importância do Bolsa Família como um pilar de inclusão social, destacando seu papel no combate à desigualdade e na promoção de melhores condições de vida.
O presidente reafirmou seu compromisso em manter e aprimorar este programa vital para reduzir a pobreza e oferecer oportunidades às famílias de baixa renda.
Pagamentos do Bolsa Família
No que diz respeito aos pagamentos do Bolsa Família, eles continuam sendo feitos conforme o calendário estabelecido, baseado no último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários, com datas especificadas para março de 2024.
– NIS final 1: dia 15 (pago)
– NIS final 2: dia 18 (pago)
– NIS final 3: dia 19
– NIS final 4: dia 20
– NIS final 5: dia 21
– NIS final 6: dia 22
– NIS final 7: dia 25
– NIS final 8: dia 26
– NIS final 9: dia 27
– NIS final 0: dia 28
Benefícios adicionais do Bolsa Família
Além dos pagamentos habituais, março trará benefícios extras para determinados grupos dentro do programa. Estes pagamentos adicionais são designados para fornecer suporte financeiro extra a famílias em situação de vulnerabilidade.
Entre eles, está um valor base de R$ 600 para todas as famílias beneficiárias, com acréscimos para famílias com crianças pequenas, jovens e mulheres grávidas. É crucial que os beneficiários fiquem atentos às informações do programa para saber se qualificam para esses benefícios adicionais, que seguem critérios específicos.
Como receber a parcela de março do Bolsa Família?
Para receber a parcela de março do Bolsa Família, as famílias precisam estar inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal e atender aos critérios do programa. Ressaltamos que, embora o benefício tenha um valor fixo de R$600,00, esse montante pode variar de acordo com o tamanho da família.
A distribuição do benefício segue a numeração final do NIS (Número de Identificação Social) e os beneficiários podem sacar o valor em espécie ou utilizar o aplicativo Caixa Tem para movimentações.
Para serem elegíveis ao Bolsa Família, as famílias devem cumprir compromissos específicos, incluindo acompanhamento pré-natal, adesão ao calendário de vacinação, acompanhamento nutricional para crianças menores de sete anos, garantir a frequência escolar mínima de crianças e adolescentes e manter o CadÚnico atualizado.
Mudanças no programa
Em resposta às fraudes, o governo implementou mudanças no Bolsa Família, como o aperfeiçoamento do controle de dados por autodeclaração, criação de um sistema para avaliar esses dados e a expansão do monitoramento sobre os municípios. Beneficiários que não atualizarem seus dados no CadÚnico, forem pegos em fraudes ou não cumprirem as regras podem ter o benefício bloqueado.
A suspensão do Bolsa Família serve como uma pausa para reavaliar a condição do beneficiário, enquanto o corte significa a interrupção imediata do benefício, com a possibilidade de restauração se a situação for normalizada. O veto, por outro lado, implica na impossibilidade de retomada do benefício.
No entanto, beneficiários que enfrentarem suspensão ou corte têm a chance de regularizar sua situação e, potencialmente, receber pagamentos retroativos.