Nesta terça-feira (5), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) está programada para votar o Projeto de Lei (PL) 3.324/2023, proposto pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que estabelece prioridade na inclusão emergencial no Bolsa Família para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A relatoria favorável foi apresentada pela senadora Augusta Brito (PT-CE).
Proteção das mulheres por meio do Bolsa Família
O Projeto de Lei 3.324/2023 tem como objetivo proteger mulheres em situação de violência doméstica e familiar por meio do Programa Bolsa Família. A proposta da relatora sugere que as vítimas de violência tenham prioridade na inclusão ou reingresso no programa, desde que atendam aos critérios de inscrição no Cadastro Único e tenham renda familiar mensal per capita igual ou inferior a R$ 218,00.
Uma alteração relevante proposta pela relatora foi a remoção da limitação que conferia prioridade apenas às “famílias cujo responsável seja mulher”. Com a nova redação, o caráter prioritário se estende a todas as famílias com mulheres e seus dependentes vítimas de violência doméstica e familiar.
Discussão de outras pautas
Além desse projeto, a CAE também discutirá outras propostas, incluindo aquelas relacionadas à assistência do Sistema Único de Saúde (SUS) a pessoas com paralisia motora decorrente de doenças neuromusculares e o projeto de lei que estabelece um novo modelo de investimento em startups.
Outras pautas que serão votadas envolvem a permissão para o uso de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para custear a aquisição de querosene de aviação em aeroportos da região Norte e a criação da Política Nacional de Economia Circular, visando incentivar o uso consciente de recursos e priorizar produtos mais duráveis, recicláveis e renováveis.
Os resultados das votações serão oficialmente divulgados pela Agência Senado.
Benefício do Bolsa Família
O governo estabeleceu o Bolsa Família como uma ferramenta de inclusão social direcionada a famílias que enfrentam extrema pobreza ou situação de pobreza, de acordo com critérios previamente definidos.
Esse programa proporciona um auxílio financeiro mensal às famílias participantes, cujo valor varia de acordo com fatores como composição familiar, renda per capita e a presença de crianças e adolescentes no núcleo familiar.
Além do suporte financeiro, o Bolsa Família implementa ações complementares, como monitoramento da saúde e da educação, desempenhando um papel crucial na melhoria da qualidade de vida e no desenvolvimento dessas famílias. Para ingressar no programa, é imperativo que a família esteja registrada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e atenda aos critérios estipulados pelo próprio programa.
Conclusão
O projeto estabelece que as mulheres vítimas de violência doméstica e seus dependentes:
- Serão incluídas no programa Bolsa Família de forma emergencial, sem necessidade de cumprir a fila de espera.
- Terão prioridade no reingresso ao programa, caso necessitem.
Para ter acesso ao benefício, as mulheres precisarão apresentar:
- Boletim de ocorrência policial ou medida protetiva de urgência.
- Laudo médico que comprove a violência sofrida.
A aprovação do PL representaria um avanço significativo na luta contra a violência doméstica no Brasil, garantindo:
- Proteção social e financeira imediata para mulheres em situação de risco.
- Autonomia e independência para que possam recomeçar suas vidas livres da violência.
- Estímulo para que denunciem seus agressores e busquem ajuda.
O combate à violência doméstica é uma responsabilidade de toda a sociedade. O apoio ao PL que prioriza mulheres vítimas de violência doméstica no Bolsa Família é fundamental para construir um país mais justo e igualitário para todas as mulheres.